No dia 29 de setembro de 2009, nossa turma se encontrou as 10h30 em frente à Santa Casa . Nossa visita foi guiada pela professora Vera Barroso, historiógrafa do Centro Histórico-Cultural da Santa Casa.
Começamos por ver a estátua, localizada em uma praça central do hospital, do irmão Joaquim Francisco do Livramento, que foi quem idealizou e fundou a primeira Santa Casa de Misericórdia do Rio Grande do Sul, que começou a ser construída em 1804 e inaugurada em 1826. Não se tem muitos registros, mas sabe-se que antes da construção da Santa Casa, doentes eram tratados em casas de curandeiros com chás, pela cidade da atual Porto Alegre.
De acordo com Vera, os hospitais Santa Casa de Misericórdia foram idealizados por Portugal, em 1498, com o objetivo de atender os pobre, doentes, loucos e velhos.
Depois de vermos a estátua e receber algumas explicações sobre o prédio e a arquitetura, nossa turma foi divida em dois grupos, para que revezássemos na visita. O grupo em que eu estava foi dirigido até uma sala com o propósito de pesquisas no arquivo, uma sala pequena com algumas mesas. Nesse local fomos atendidos por uma funcionária chamada Gabriela.
Ela explicou que a Santa Casa se propunha a atender os carentes, pessoas que não tinham condições de pagar pelos tratamentos. Quanto aos escravos, na época não sendo considerados “gente”, só eram atendidos ali caso seus donos, patrões pagassem pelo atendimento, ou então se fossem negros alforriados. Em muitos casos, os escravos doentes eram doados para a Santa Casa, eram tratados e ficavam pertencendo a ela e ali trabalhando.
Gabriela nos mostrou como são conservadas as fotos, impressas e digitadas da Santa Casa, um acervo que chega a 30 mil fotos.
Mostra também o livro de sepultamentos que aconteceram no cemitério da Santa Casa, criado em 1850, também o primeiro de Porto Alegre. Era destinado a pessoas livres e escravos, mas com áreas bem separadas. A Santa Casa até hoje oferece sepultamentos gratuitos. O livro de sepultamentos também é separado: um de pessoas livres e o outro dos escravos.
Observando o livro de sepultamento dos escravos, recuperado há pouco tempo com patrocínio, mas com difícil identificação, pois foi escrito com tinta ferrográfica, que com o tempo corrompe o papel, Gabriela nos contou que escravo não tinha sobrenome. No sepultamento e na abolição levava o sobrenome do seu patrão. Por isso que existe muitos Silvas no Brasil, conhecido por ser um sobrenome comum e por isso de pobre. Silva na verdade era uma família muito rica, com muitos escravos, que depois da abolição viraram “da Silva”. Portanto, os escravos na abolição levaram o sobrenome do patrão precedido de “da”.
Ambos os livros tem escrito nome, sobrenome, cor, da onde vem (imigrantes), do que morreu, padre que velou, etc...
Havia também o livro da Roda dos Expostos, que havia na Santa Casa, destinada as mães que não tivessem condições (financeiras e sociais) de criar o filho, e então abandonavam na roda, e ali as crianças eram criadas, recebendo cuidados e instrução, os meninos encaminhados ao exército, e as meninas aprendiam lições domésticas e juntavam o dote, para então serem encaminhadas ao casamento.
No livro da Roda dos Expostos encontramos dia, hora e condições em que o bebê chegou, com alguma corrente, carta, dinheiro, pano, etc. Muitos bebês morriam no dia em que chegavam, mas a primeira coisa feita ao recebê-lo era batizá-lo e colocar-lhe um nome, caso ele não chegasse ali com um.
Nesse momento iniciamos uma pequena discussão a respeito da volta da Roda dos Expostos, se seria a solução, já que muitas crianças são abandonadas em lixeiras, ou então abandonadas em si mesmo, pois ficam com a família, mas sem o menor cuidado.
Então, trocamos o grupo, seguindo com Vera para conhecer o arquivo histórico da Santa Casa, uma outra sala onde guarda toda a documentação. Vera lembra que muitos foram queimados, infelizmente.
Rapidamente ela falou o que, para que e onde eram guardados os livros que compõe o arquivo da Santa Casa:
*Livros de Porta: conta tudo sobre todos que entravam no hospital durante os anos: nome, idade, cor, etnia, doença, etc.
Livros de enfermaria: cada especialidade tem dois livros: uma para as mulheres e outro para os homens atendidos em cada enfermaria.
Livro de maternidade: sobre os bebês que ali nascem, de acesso apenas para pesquisa com autorização. Adotados não tem o direito de pesquisar ali para saber quem é sua mãe, por exemplo.
Livro do cemitério: nome e local de cada um que lá está enterrado.
Livro de óbitos: separados entre livres e escravos, contam motivo das mortes e dados dos mortos.
Livro da compra de propriedades do cemitério: famílias e pessoas que compraram áreas do cemitério, determinando o tempo: 3, 5, 10 anos... ou então perpétuo (que corresponde a 99 anos).
Nas prateleiras de cima temos ainda as certidões de óbitos, os livros da Roda dos Expostos, as inscrições de dotes das moças das rodas, alguns com fotos dela, um livro de regulamento da Roda dos Expostos, livro da irmandade, sobre os padres e freiras que ali passaram e outros livros administrativos.
Outra curiosidade são os documentos de partes do corpo que também estão enterrados no cemitério: braços, pernas, etc que foram amputados e também fetos.
No meio dessa sala ficam prateleiras com envelopes dos pacientes recentes, que ainda estão no hospital ou em tratamento.
Todo esse arquivo rico da história de Porto Alegre, e também do Rio Grande do Sul está guardado precariamente nessa sala, sem a necessária conservação e sem espaço, pois a sala é muito pequena.
Por isso, em abril de 2010 será inaugurado o Centro Histórico da Santa Casa, que ficará em outro local e que já vem sendo preparado. Segundo Vera, esse local será apropriado para as pesquisas, e será todo organizado.
E assim, terminou nossa visita, que nos foi útil para conhecer esse acervo todo sobre nossa história, tão ricamente detalhado, e também para instigar nossa curiosidade e vontade de ali voltar para futuras pesquisas.
Relato
Aluna: Fabiana de Miranda Rocha
Após a chegada de Vera Barroso que veio ao nosso encontro no Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia, nos dirigimos à estátua do Irmão Joaquim Francisco do Livramento que foi um dos grandes idealizadores da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, já tendo fundado antes a Santa Casa de Misericórdia do Desterro, na ilha de Santa Catarina.
Estátua de Frei Joaquim
Entre as informações que recebemos de Vera, uma das principais é de que a Santa Casa foi criada com a idéia de tratar os necessitados, os que não tivessem condições de pagar por tratamento. Outra questão relevante é que a Santa Casa de Misericórdia foi o primeiro hospital de Porto Alegre, sendo também o mais antigo hospital do rio Grande do Sul.
A construção da Santa Casa com sua arquitetura portuguesa iniciou-se em 1803. A Santa Casa teve sua inauguração em 1826, admitindo, assim seus primeiros os primeiros enfermos.
Em 1837 a Santa Casa também passou a cuidar das crianças expostas, ou seja, aquelas que eram rejeitadas por suas famílias e então colocadas na roda dos expostos.
Muitas outras instituições foram idealizadas e criadas a partir da Santa Casa como, por exemplo, a mais antiga maternidade do estado, a Maternidade Mário Totta que hoje é uma das unidades mais importantes do Hospital Santa Clara.
Passamos então ao local indicado pela Vera para vermos onde está armazenada grande parte da documentação da Santa Casa. O local onde a documentação é armazenada atualmente existe desde 1988 e encontra-se lotado de estantes com arquivos e livros muito importantes. Vera mencionou que tal espaço foi criado para armazenar documentação por no mínimo 30 anos, mas que em 5 anos de armazenamento já se encontrava lotado. Na visita a este local pudemos ver em algumas estantes, os códices, livros/porta dados dos pacientes. Também visualizamos as documentações relativas à maternidade e ao berçário e nos foi informado que tais dados podem ser apresentados, caso reivindicado, somente às mães, pois este direito é somente das mesmas e de mais ninguém, salvo casos de processos judiciais. Outra questão mencionada foi a questão da escravidão: apenas escravos libertos poderiam gozar do atendimento da Santa Casa de Misericórdia, escravos não libertos teriam que ter seu atendimento em tal local pago por seus donos e estes, por sua vês, teriam que os libertar para que pudessem receber o atendimento da Santa Casa, e também não se misturava a as certidões de óbito dos escravos às de pessoas livres. Vimos o livro com registros referente às moças que haviam sido expostas e abrigadas pela Santa Casa e que se casariam, pois os noivos destas recebiam dote (muitos até fugiam com o dote).
Em um outro ambiente que visitamos, nos foi mostrado o livro de porta com vários dados das pessoas que entravam na Santa Casa. Pudemos ver uma demonstração do acervo fotográfico, o registro do sepultamento de pessoas livres e o dos escravos que, como mencionei, eram separados. No livro de registros dos escravos constam poucos dados como nome, sem sobrenome. Vimos o livro com informações sobre as crianças deixadas na roda dos expostos (algumas crianças chegavam bem enfermas, outras muito bem e até com enxoval completo, entre outros pertences). Após chegarem à Santa Casa as crianças eram destinadas a ficar com mães de criação até os sete anos de idade. Após, retornavam à santa Casa de Misericórdia. As meninas aprendiam ofícios domésticos e os meninos eram enviados ao arcenal de guerra.
Concluindo a visita, Vera reafirmou o convite que já nos havia feito sobre fazermos nova visita logo que for inaugurado o centro cultural que está sendo providenciado em parte dos prédios históricos da Santa Casa de Misericórdia.
Relato
Aluna: Priscila de Abreu Bortoletti
No primeiro momento, foi contado que na Santa Casa tem alguns lugares invocadores das memórias e lembranças da história dela. Então, nos é mostrado à estátua do Irmão Joaquim Francisco do Livramento, monumento inaugurado em 13 de dezembro de 2000. Esse irmão idealiza em 1498 em Portugal, a criação da Santa Casa.
O local onde estávamos era o primeiro prédio construído, porém não parecia porque a arquitetura foi mudando (arquitetura portuguesa).
Mais ou menos em 1790, já se tinha a casa de forma improvisada para atender aos marujos, que desembarcavam de seus navios no Guaíba, doentes.
Em 1804: construído o primeiro prédio, entretanto o mestre de obra morre e não é encontrada a planta, que antigamente era chamado de risco, onde havia sido organizada a construção do prédio. Sendo continuada a construção só em 1814 e sendo oficialmente inaugurada com o quadrilátero pronto em 1826.
Em 1930, o atendimento a saúde era nesse quadrilátero. E nesse mesmo ano é inaugurado o hospital São Francisco que fica ao lado da capela.
Após essa rápida aula histórica, fomos conhecer o acervo:
A documentação está nesse espaço desde 1988. Não demorando cinco anos o espaço já estava lotado de arquivos.
Nas prateleiras tem codicis (livros encadernados): nesses tem todos os tipos de registros desde as doenças até relato das enfermarias, datadas há muito tempo.
No acervo tem os livros da porta: uma pessoa ficava na porta perguntando o nome, nacionalidade, causa pelo que veio procurar a Santa Casa, sendo esses arquivos muito procurados por historiadores, pessoas que fazem serviços sociais, geólogos, por ter registros de causas de doenças e de famílias imigrantes, que foram tratados ali.
Tem também os dados da maternidade e berçário: registros privados pelo direito constitucional que a mãe tem de ocultar ou não a sua identificação, ou seja, se alguém chega com vontade de saber quem é sua mãe e querer olhar nesses livros, que tem o registro de todos os nascimentos tidos até hoje na Santa Casa, não poderá mexer a não ser que venha com um processo autorizado pelo juiz. Porque só a mãe tem acesso a esses dados.
O que ocorria há alguns anos atrás, é que as mães procuravam a Santa Casa para ter o filho, pois sabiam que podiam abandoná-los nesse local, que teria misericórdia e doava as crianças.
Se essa documentação se torna objeto de pesquisa histórica, o pesquisador deverá ocultar o nome das pessoas utilizando pseudônimos.
Possui também neste acervo a documentação da Roda dos expostos que existiu de 1837 – 1940, com a finalidade de acolher e proteger as crianças abandonadas, conhecida como “A Casa da Roda dos Expostos”. Tendo esse nome porque as crianças eram colocadas dentro de uma roda de madeira que havia no buraco de uma janela, para o abandono.
Essa casa existiu até o ano de 1940, sendo substituída pelo “berçário”, na Maternidade da Santa Casa. E as moças que nasceram na roda e desejavam casar eram disputadas no casamento, tendo no registro da Roda a foto delas. Luciana de Abreu está nesses livros de registros dos que nasceram ou foram largados na Roda. Todos esses são manuscritos, por serem atas, pertencendo à administração da Santa Casa.
Documentação dos óbitos: Óbitos de escravos e livres eram registrados separadamente. Todos esses registros são do cemitério e a certidão de óbito tem desde 1918.
Tem também documentos separados por caixas como: caixa azul- documentação da direção médica; caixa amarela- direção administrativa; caixa verde- relatório da provedoria. E o resto da documentação próxima a essas é as do cemitério que não estão em caixas.
O último momento foi à visualização de algumas documentações com grande importância da Santa Casa e de Porto Alegre.
O primeiro foi o Livro de Porta da Santa Casa, o sujeito que chegava tinha que dar o seu nome, nacionalidade, sobrenome, muitas vezes até o endereço. Documentação como já havia citado muito procurado para pesquisa principalmente por pessoas que trabalham com a imigração do Rio Grande do Sul, porque tem registros de pessoas vindas da Turquia, Alemanha, França...
O segundo foi o das fotos, que antes impressas tem quinze mil e hoje com máquinas digitais mais de 30 mil fotos. São fotos de tudo quanto é lugar: enfermarias, fachadas...
As fotos para serem guardadas eram colocadas no meio de uma folha que possuía uma espécie de envelope transparente para conservação, atualmente são utilizadas pastas onde a foto é posta dentro de sacos plásticos transparente.
O terceiro: registro de óbitos de pessoas livres, que eram atendidas gratuitamente. Pois o papel da Santa Casa era e é atender as pessoas que não tinha e não tem condições de pagar. Nesse registro tem nome, sobrenome, nacionalidade...
Registro de óbitos de pessoas escravas: os escravos só eram atendidos mediante pagamento do senhor, que tinha condições de pagar, entretanto se era muito caro dava a carta de euforia e esse era doado a Santa Casa. O campo santo era o lugar onde se enterrava os escravos, sendo a parte pobre do cemitério que tem apenas um número indicando que tem uma pessoa enterrada ali e é assim até hoje, mostrando as diferenças sociais que são gritantes mesmo depois de morto. Desmerecendo o que às vezes escutamos de algumas pessoas: “Depois que morre vai tudo para o mesmo lugar”, será?
No registro dos escravos tem apenas o nome da pessoa e não existia apenas escravidão negra tinha brancos escravos também.
Quarto e último documento observado: Documento da Roda dos Expostos: possui registro das crianças que eram deixadas, escrito de forma detalhada suas características físicas, e os acontecimentos importantes como o batizado, pois nesse dia ganhavam os padrinhos, que eram irmãos da irmandade, sendo que às vezes os próprios padrinhos davam o dote.
Nessa época até o casamento as moças tinham de ser virgem, se engravidavam eram levadas para fora do país e após o nascimento da criança a abandonava na Roda.
Entre sete e oito anos os meninos da Roda eram encaminhados ao Arsenal de Guerra da Província onde aprendiam algum ofício e as meninas permaneciam na Casa da Roda trabalhando como Amas de Criação e aprendendo uma profissão (doméstica).
Até a década de 40, era feito um sorteio entre as moças, porque o dote era concorrido. Os homens que desejavam casar com as moças não poderiam ter muita diferença de idade.
Para encerrar nossa saída a campo, a Vera Barroso trouxe o livro dos 200 anos da Santa Casa e nos mostrou a foto do local onde ficava a Roda para ser largada a criança, explicando detalhadamente como era essa Roda.
Foi muito interessante essa visita ao arquivo histórico da Santa Casa, pois ainda temos tanto o que aprender sobre a história de Porto Alegre, que às vezes chegamos a pensar que já sabemos tudo sobre o assunto.
Valendo lembrar que o mês de outubro tem a comemoração do aniversário da Santa Casa, a mais antiga misericórdia do Rio Grande do Sul.
Relato
Aluna: Cristiane Camargo Gimenes
Ficou combinado que iríamos visitar a Santa Casa para conhecer um pouco mais da roda dos expostos a partir de documentos históricos e também aprofundar o conhecimento de como esse hospital, que é referência no Rio Grande do Sul, foi fundado e que hoje é patrimônio cultural.
Reunimos-nos no pátio onde lá está a estátua do fundador da Santa Casa de Misericórdia Irmão Joaquim Francisco do Livramento. Essa Imagem foi doada pela prefeitura de Porto Alegre em homenagem ao idealizador da Santa Casa. A estátua é situada no quadrilátero, onde foi construído seu primeiro prédio, nesta parte é visível a arquitetura portuguesa, pois o modelo de Santa Casa foi fundado em Portugal e ao se espalhar pelo mundo trouxe consigo seus traços arquitetônicos.
A turma se dividiu em dois grupos, nos revezamos para visitar o acervo, pois o espaço é pequeno, uns ficaram com a professora Simone e os outros foram visitar o acervo com a professora Vera Barroso que é historiadora e trabalha na Santa Casa.
Visitamos a área de documentação, onde cada estante e prateleira têm um código. Os documentos manuscritos que contém os registros datam de 1860 á 1970.
A professora nos mostrou uma prateleira onde fica a documentação da maternidade e do berçário. Ela nos explicou que somente a mãe tem o direito e acesso ao acervo. Ninguém tem acesso aos arquivos, nem mesmo o(s) filho(s), salvo-se com autorização judicial. Esse material pode ser utilizado para pesquisa, porém o pesquisador deverá ocultar os nomes verdadeiros dos pesquisados, usando um pseudônimo.
Dentre a documentação, encontramos os “livros de porta”, e oferecem muitas informações que servem para o estudo de historiadores e pelos pesquisadores, que a utilizam para o resgate da árvore genealógica e ou a busca de conterrâneos.
A Santa Casa de misericórdia atendia os desvalidos e os escravos, porém o atendimento ao escravo se dava mediante o pagamento do seu senhor. No momento em que o negro era alforriado, ele era atendido gratuitamente. Muitos donos de escravos doaram seus homens para Santa Casa à medida que não conseguia pagar pelo tratamento deles.
Todos os óbitos registrados no cemitério da Santa Casa estão arquivados e são separadas por sepultamento de pessoas livres e escravos. No livro de sepultamento é registrado o nome e o sobrenome e endereço do falecido, no livro de sepultamento dos escravos continha somente o nome e mais nada.
A roda dos expostos existiu de 1837-1940, também é encontrada nesse acervo. O livro (movimento da roda dos expostos) é o registro das crianças que eram deixadas na roda e o relato de como eram encontrada essas crianças, em quais condições, o dia, e a hora que a criança foi deixada. Muitas dessas crianças foram apadrinhadas ou adotadas (ás vezes pela própria família que auxiliava em segredo). Podiam ficar até os sete anos fora da Santa Casa até que então retornavam. Os meninos eram mandados para o arsenal de guerra e as meninas ficavam para aprender os afazeres domésticos e assim casar. Como era difícil casar uma “menina exposta”, a Santa Casa começou a oferecer dotes, incentivando o casamento delas. Em 1940 foi fechada a roda dos expostos.
Foi muito importante conhecer um pouco da história da Santa Casa, como ela foi fundada e que o seu objetivo era realmente ajudar as pessoas com necessidades, os desvalidos, os negros (alforriados), as crianças expostas e toda e qualquer pessoa que precisasse de misericórdia.
Relato
Aluna: Manoela Sfalcin
Começamos a visita, vendo a estátua de Joaquim Francisco do Livramento (Livramento não é sobrenome, ele vem de Nossa Senhora do Livramento); ele idealizou e fundou a Primeira Santa Casa de Misericórdia do Rio Grande do Sul. A Santa Casa foi idealizada em 1498, pela Rainha de Portugal que sugeriu ao Rei que criasse uma casa para abrigar os doentes, os idosos e as crianças abandonadas, todos carentes. Como essa Fundação tem origem em Portugal, os primeiros prédios da mesma em Porto Alegre revogam a arquitetura Portuguesa.
A construção desta Fundação começou em 1804, em 1809 faleceu o engenheiro responsável pela obra e não se achava a planta da mesma. Em 1814 recomeça a obra e é construído o primeiro quadrilátero.
O Rio Grande do Sul nessa época era um local de muitas guerras. Existiam muitos hospitais de campanha para socorrer as vitimas das batalhas. Porém o primeiro hospital do estado foi a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Continuando a visita, conhecemos parte do arquivo histórico da Santa Casa. Alguns dos materiais a que tivemos acesso foram: Livro de entradas de pacientes no local (registros de pessoas de várias nacionalidades – imigrantes; os escravos não eram considerados gente e sim mercadorias, portanto não eram atendidos na Santa Casa a menos que seus senhores pagassem pelo serviço; os livros de óbitos dos brancos e negros eram separados); Livros de Registros, os escravos não tinham sobrenome, eles levavam o nome da família que era dona dos mesmos. Exemplo: família Silva, os escravos eram “fulanos da Silva”, ou seja fulanos da família Silva; Livro da Roda: era anotado tudo o que dizia respeito a criança deixada na Roda dos Expostos desde a data, o horário, os pertences que ela trazia (roupas, jóia, bilhete, objetos, entre outros), colocava-se também o estado de saúde dos pequenos, obs: boa parte deles morria assim que era deixada lá.
Nos arquivos existem vários tipos de Livros de Registros do que acontecia na Santa Casa, eles vão desde registros de todas as pessoas que adentravam no hospital, cirurgias, partos, entre outros. Outro ponto interessante é que as alas do hospital eram divididas em masculino e feminino. O arquivo conta com a documentação de quem veio se tratar na Santa Casa desde os anos 1820 -1825.
Esta foi a nossa visita ao arquivo histórico da Santa Casa.
Relato
Aluna: Greice Hochmuller
Visitamos pela manhã o Arquivo Histórico da Santa Casa de Porto Alegre, chegamos por volta das 10h. e 30m. Aguardamos por alguns minutos a professora e historiadora Vera Barros chegar ao local. Enquanto a professora Vera se dirigia para onde estávamos, observamos o pátio interno da Santa Casa que notei ser bastante ensolarado, com uma ótima circulação de ar, observei que havia algumas estátuas e ainda uma gruta com imagens e velas. Ao chegar à Santa Casa, a professora Vera nos levou para junto de uma daquelas estátuas que estavam posicionadas no pátio do Hospital. Embaixo das sombras das árvores nos contou um pouco da história desta Instituição e até mesmo sobre a arquitetura que como havia dito era bem arejada. Contou-nos que aquele tipo de construção que privilegia a entrada de sol e ar com o pátio no centro dos outros prédios é proveniente de Portugal, onde a Santa Casa foi idealizada. Antes da sua chegada, Porto Alegre não tinha nenhum sistema de saúde menos ainda um Hospital, apenas como nos contou a professora Vera, duas pessoas benemerentes que ajudavam os moribundos, atendendo estas pessoas em suas casas. Eram como curandeiros que usavam plantas medicinais para curar pessoas doentes e as prostitutas da Rua dos Pecados, atual Voluntários da Pátria. A estátua em que nos aproximamos era do Irmão Joaquim Francisco do Livramento, o fundador da Santa Casa em Porto Alegre. Irmão Joaquim ao chegar nesta cidade, percebeu que não havia nenhuma casa para atender a população e os marinheiros doentes que atracavam. Percebendo a necessidade de construir um lugar para dar atendimento aos doentes fundou assim em 1804 a Santa Casa de Misericórdia em nossa cidade. Portanto, a história da Santa Casa está intimamente ligada à história da nossa Cidade, Estado e é reconhecida até mesmo mundialmente por seus transplantes pioneiros na América Latina. Após essa breve síntese da história da chegada da Casa à Porto Alegre, nos dividimos em dois grupos para entrarmos no arquivo histórico. Fiquei no grupo que primeiro observou os livros de óbitos, entradas e o livro do Movimento da Roda dos Expostos. Uma funcionária do Arquivo nos explicou sobre estes livros e a funcionalidade de cada um como o livro de entrada que descrevia a nacionalidade do paciente, a sua profissão e a sua data de nascimento, observamos que muitos eram estrangeiros vindos da Europa. Neste livro não havia distinção escravos, libertos e homens livres estavam na mesma lista, no entanto, o livro de óbitos era classificado entre homens livres e escravos. O livro do Movimento da Roda dos Expostos, que era o mais aguardado por mim, relatava a entrada da criança na Santa Casa desde a sua chegada até a sua saída. Ouvimos uma das narrativas do livro, em que o bebê havia chegado muito debilitado a Santa Casa e que o primeiro cuidado que tiveram foi batizar a criança, que veio a falecer após o batismo. Notamos a grande preocupação com o batismo para garantir a entrada daquela criança no céu. Estes livros certamente são importantes para a história da nossa cidade, pois nos mostra a sociedade da época, a grande circulação de estrangeiros, a distinção quanto aos escravos e homens livres, as doenças que assolavam a população da época e ainda pode ser fonte de pesquisa para busca de genealogia. Após observarmos estes livros o grupo a que pertencia foi guiado pela Professora Vera para o arquivo em si da Santa Casa, claro que apenas uma parte dele, pois com tantos anos de funcionamento a Santa Casa coleciona um imenso Arquivo Histórico que em breve será organizado em um espaço especifico para depositar todas estas memórias. Esta parte do arquivo da Santa Casa já está repleto de livros e documentos que ficam em uma ilha de estantes. Neste local tivemos contato com o livro de registros dos dotes dados as meninas expostas que estavam em idade de casar, no livro está especificado o nome da moça a data de entrada na Santa Casa e o valor dado para o dote. A Roda foi construída em 22 de novembro de 1837 com a intenção de dar abrigo e cuidados para as crianças abandonadas e toda sua trajetória esta nos registros sobre os expostos que trazem descritos inclusive objetos pessoais com que a criança chegava da roda como correntes de ouro e envoltos em tecidos caros. Muitas vezes juntamente com o bebê vinha também uma carta pedindo que a criança tivesse determinado nome e especificava também os seus padrinhos, o que indica que esta criança provavelmente era fruto de uma união extraconjugal de uma família com posses da classe alta. Estas crianças chegavam a Santa Casa oriundas de diversas famílias de diferentes camadas, não apenas os pobres abandonavam seus filhos, mas em uma sociedade tradicional, como a da época, era considerado indecoroso um filho fora do casamento ou antes da moça se casar devida a jactância empregada a virgindade. A solução era abandonar esta criança na roda preservando a identidade dos pais. As crianças chegavam freqüentemente doentes e debilitadas, muitas não sobreviviam o que nos faz ver a compaixão da Santa Casa às crianças que possivelmente seriam abandonadas sem nenhuma proteção. Este reconhecimento das boas ações praticadas aos bebês foi recentemente abordado como uma salvação para o abandono infantil. A Roda voltou a ser citada como a solução para o abandono das crianças questão esta que foi amplamente debatida e muitos apoiaram uma volta do movimento da roda com a intenção de abrigar e cuidar das crianças abandonadas. Até a nossa visita e conversa com a professora Vera legitimava este retorno da Roda dos Expostos para evitar o abandono e até mesmo a morte destas crianças, como muitas vezes já vimos nos noticiários. No entanto, a posição da professora Vera, que merece reconhecimento pelos seus anos em contato com a história do movimento, da história dos expostos e da Santa Casa, acredita que a Roda não seria uma solução adequada para o abandono, pois pelo fato de manter o anonimato de seus pais a Roda não possibilita o contato com a origem das crianças. Esta visita me fez refletir sobre a importância de saber a nossa origem, de onde vim a quem pertenço. O anonimato proporcionado pelo Movimento era beneficio para os pais da crianças e para criança, pois esta receberia um acolhimento, mas por outro lado estas crianças jamais teriam um vínculo familiar. Mesmo que não participe de uma família e que tenha a consciência do abandono saber de onde se vem desmitifica a impressão de exclusão o que o Movimento da Roda não permite com o sigilo da identidade dos pais, ou seja, corta qualquer elo com o passado e a origem. Por mais que o processo de adoção no Brasil seja lento e burocrático, ele possibilita que o adotado saiba da sua família e até mesmo a possível procura por seus familiares. Portanto o Movimento da Roda tem grande importância histórica sim, pelo fato de ter dado atenção as crianças que provavelmente teriam um fim trágico, porém não seria a solução para o abandono infantil. A visita a Santa Casa despertou em mim muitos questionamentos e curiosidades que antes da visita não tinha. Creio que foi muito significativo este contato direto com a história destas crianças, porque pude até mesmo fazer conexões com o livro que estamos lendo do Áries vendo a importância do batismo, o sentimento de compaixão pelas crianças e características das famílias tradicionais, foi realmente uma experiência marcante.
Relato
Aluna: Ângela Gieseler
Começamos a visita vendo a estátua de Joaquim Francisco do Livramento, onde a professora Vera Barroso nos contou um pouco sobre a história da Santa Casa. Ela nos contou que até início do século XIX Porto Alegre não dispunha de nenhum hospital, e os doentes eram atendidos em seus domicílios ou em enfermarias precárias. Chegando à cidade de Porto Alegre e vendo a situação em que a saúde se encontrava ali, o Irmão Joaquim Francisco do Livramento Porto Alegre pede autorização Real em Portugal para criar-se uma Santa Casa.
Em fins de 1803 a construção da sede foi iniciada, sob direção do Brigadeiro Francisco João Rocio até que em 1806 o Brigadeiro vem a falecer, no entanto as pessoas não conseguiriam dar continuidade a obra pelo fato de não acharem a “planta” do prédio.
Apenas em 1814 a obra é retomada e em 1826 o prédio é oficialmente inaugurado, no entanto antes mesmo de sua inauguração a Santa Casa já atendia doentes em uma ala improvisada.
A partir de 1837 a Santa Casa passou a cuidar dos infantes expostos, ou seja, crianças que eram abandonadas em uma roda chamada Roda dos Expostos - um compartimento de madeira giratório com uma abertura voltada para a via pública, onde algumas mães abandonavam seus bebês. Esta roda existiu até o ano de 1940 e acolheu neste meio tempo muitos bebês que eram criados por irmãos da irmandade sendo chamados de padrinhos das crianças, eram estes que, muitas vezes, pagavam o dote que ajudava a dar início a uma nova vida após o casamento.
Estas crianças muitas vezes eram abandonadas apenas com uma toalha ao redor de seu corpo, porém em alguns casos chegavam com um enxoval completo, medalhinha de ouro e nome. Ao chegar, todas eram identificadas relatando o seu estado de saúde, estado físico, a hora, e futuramente, qual padrinho o acolheu e o seu nome. Assim que completavam 7 anos os eram encaminhadas ao arsenal de guerra - atual museu militar – e as meninas aprendiam lições domésticas.
Em Abril de 1850 foi fundado o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia. A sua construção era um pedido – quase uma exigência – dos habitantes da vila ao então presidente da Província, general Luis Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias. Era preciso reservar um lugar digno ao sepultamento de cidadãos livres e de escravos, já que até então só existia o cemitério “carneiro” que foi o primeiro local onde foram enterrados os mortos da recém fundada Porto Alegre. Este cemitério ficava à margem onde hoje é a Rua Espírito Santo, nos fundos da Cúria Metropolitana. Os mortos eram sepultados em covas rasas no terreno íngreme, suscetível à chuva, que removia a terra e deixava ossadas e corpos à mostra. Para horror dos habitantes, não era raro ver os cães desfilarem pela vila abocanhando ossos e carne humana. A Câmara então aprovou a compra do terreno o mais distante possível do centro da cidade naquela época, na Colina da Azenha, onde hoje é a Avenida Oscar Pereira.
Passamos então a um local onde armazenavam todos os documentos da Santa Casa. Este local foi construído em 1988 e foi criado para guardarem-se documentos por mais ou menos 30 anos, no entanto em apenas 5 anos este já se encontrava lotado. Ao visitar esta seção, pudemos ver documentos manuscritos encadernados de todos os anos relativos ao berçário, relatos das crianças deixadas na Roda dos expostos, certidões de óbitos (óbitos de escravos e livres eram registrados separadamente) e livros de porta (quando um paciente ingressava na Instituição ele deveria responder a uma espécie de questionário com perguntas como: nome, cidade, nacionalidade e o motivo pelo qual estava ingressando no hospital. Estes questionários eram muito procurados por biólogos, antropólogos, historiadores e pessoas que realizam trabalhos sociais.)
Ainda nos explicaram que a Santa Casa atendia principalmente as pessoas que não tinham condições de pagar o seu tratamento. Já os escravos só poderiam ser atendidos se o seu dono pagasse o tratamento, porque eram considerados mercadorias e não pessoas. Muitas vezes o tratamento saia muito caro e o dono/patrão do escravo achava que este não iria sobreviver, para não ter maiores custos acabava fazendo uma carta de euforia doando-o para a Instituição. Em alguns casos este escravo sobrevivia sendo então engajado no trabalho do hospital.
Atualmente está sendo criada um grande centro cultural, que deverá contar com uma pinacoteca de retratos de personalidades ligadas à história da instituição, contará também com livros de óbitos, registros dos infantes expostos, prontuários médicos, livros de porta, dentre outros. Fomos convidados para conhecê-lo assim que este for inaugurado em abril de 2010.
Esta visita ao arquivo histórico da Santa Casa foi muito interessante e certamente ficará marcada para mim.
Imagem da Santa Casa de Misericórdia em meados do século XIX
Relato
Aluna: Andressa
Iniciou a visita pela estátua de Joaquim Francisco Livremento, doada pela Prefeitura de Porto Alegre.Falado de como foi planejado (idealizada em 1498 em Portugal) e construída, junto com todos os problemas que houveram durante todo processo da obra. Inclusive com a morte do mestre de obras em 1809. Apenas cerca de 5 anos mais tarde a obra foi retomada. E oficialmente inaugurada em 01/01/1826.Logo após breve apresentação sobre a roda dos expostos, falando da rua dos pecados e das inúmeras crianças ressachadas. Dos golpes dos dotes que alguns aventureiros malfeitores aplicavam as jovens expostas.Falou-se da importância da santa casa nos cuidados de escravos e posteriormente dos homens da guerra.Visitamos o arquivo histórico contendo cada parte dessa magnífica Casa que se mistura a história de nossa capital. A Santa Casa é hoje uma hospedeira de grandes lembranças de acontecimentos históricos, um arquivo vivo do passado, uma forma ampla para todas as áreas de estudos. Essa visita foi de muita importância, pois contribuiu muito com o entender da época passada.
Relato
Aluna: Francielem Boeira Piano.
A Santa Casa é um local muito importante para entender-mos a história do Rio Grande do Sul, pois tudo se passava aos aredores e junto a Santa Casa.
Ela foi fundada em Portugal dois anos antes de Pedro Alvarez Cabral chegar ao Brasil. Aqui em Porto alegre ela foi fundada em 1826 embora ter sido começa em 1804, que por motivo de falecimento do mestre de obras ela só foi concluída em janeiro de 1826.
Um dos contribuíntes de grande importância foi o Irmão Joaquim Francisco do Livramento,que hoje é homenageado com uma estátua sua no pátio da instituição.
Tem um arquivo de dois andares onde pode-se encontrar toda a documentação da Santa casa. Neste arquivo há documentos manuscritos, registros de doenças, enfermarias, óbitos de escravos e livres que são separados por pilhas, o livro porta,o livro da roda dos expostos e o livro das moças,quando se casavam.Há também documentos de 1770 à 1743 que são mais raros.
Existe até hoje uma lei para manter a privacidade da mãe que deixou o seu filho na roda.Esta lei determina que ninguém pode ter acesso ao registro da roda para descobrirem quem foi que abandonou a criança, a não ser que a mãe autorize ou que entrem com um pedido na justiça a ser analizado.
No livro Porta, era registrado o local e o nome das pessoas que chegavam à Santa Casa, independente do que procuravam.
Tinha também os Livros dos óbitos dos livres e dos escravos, no livro dos escravos era simplismente escrito o nome do escravo, sem formalidades, já no livro dos livres era posto o nome e sobrenome com formalidades.
A entidade atendida a quem não tivesse condições de pagar.Os escravos eram atendidos mediante ao pagamento dos donos, porém tinham uns que estavam numa fase mais avançada da doença onde a cura era muito difícil de aconteçer e seus donos não voltavam para busca-los, os deixavam como uma forma de doação, os que sobreviviam ajudavam com os serviços físicos. os escravos quando chegavam ao brasil eram separados das famílias, para que não conseguissem se comunicar evitando uma revolta futura.
No documento da Roda eram registrados vários ítens, a cor, hora, se tinham alguma doença e o batizado. Havia uma grande mortalidade pois muitos bebês chegavam muito doentes, e não sobreviviam nem um dia. No batismo eles recebiam o sobrenome dos padrinhos que eram pessoas de dentro da casa, pessoas ricas ou as vezes até os "próprios pais".
Logo após que chegavam eram enviados para as mães de criação e ficavam com estas até os 7 anos,após voltavam. os meninos passavam a trabalhar no arcenal de guerra e as meninas passavam a aprender a serem donas de casa,para quem sabe conseguirem casar.
A roda é fechada na década de 40.
Relato
Aluna: Scheyla C.da Silva Limas.
No dia 29 de setembro, aproximadamente às 10h da manha chegamos no complexo hospitalar Santa Casa da Misericórdia , onde nos encontramos com a professora e historiógrafa Vera Barroso, responsável pelo centro histórico da Santa Casa.
Primeiramente fomos até a escultura do Irmão Joaquim do Livramento, um dos responsáveis pela criação da Santa Casa em Porto Alegre. Após ela ter falado um pouco sobre a história e a arquitetura da Santa Casa , fomos dividido em dois grupos. Eu fiquei no grupo que foi primeiro na sala onde estavam alguns livros de mostruário, onde olhamos mais de perto, nessa sala estava Gabriela que nos mostrou explicando alguns arquivos, como : livros de sepultamento, fotos da Santa Casa, que a pouco tempo foram restauradas. Vimos também o livro de entrada dos doentes e o livro de registros da roda dos expostos, esse arquivo por mim foi o mais esperado.
No livro da roda era registrado o dia que a criança havia chegado, o objeto que acompanhava a criança, na maioria das vezes definia a que família e classepertencia. No livro também relata o batismo e quem eram os padrinhos. Segundo os relatos do livro muitas vezes à criança chegava tão inferma que só dava tempo de batizar.
Depois de conhecer um pouco dos livros históricos da instituição, fomos até o acervo . um ambiente muito pequeno e abafado, para quantidade de arquivos . Fiquei muito deslumbrada com a riqueza histórica que ali existe, a professora Vera mostrou o que eram cada um daqueles arquivos , livros de , que somente a mãe que deu a luz pode ter acesso, livros de óbtos de pessoas e de´´ pernas´´, significava o enterro de uma parte do corpo que havia sido amputada de alguém, no tempo de guerras era isso era muito comum. No meio dos arquivos havia até mesmo livros administrativos e de compra e venda de propriedades.
Por ser um espaço pequeno e com muito material arquivado, não foi possível ter um contato mais direto com os arquivos , mas fomos convidados pela professora Vera a ir visitar o novo arquivo da Santa Casa, que será inaugurado em abril de 2010 com uma estrutura própria para organizar esses arquivos tão imortantes.
Relato
Aluna: Flavia Novak
No dia 29 de setembro fomos visitar a Santa Casa para conhecermos um pouco de sua historia, primeiro a professora Vera Cabroso nos levou para a estátua de Joaquim Francisco do Livramento, o idealizador da Santa Casa. Nos falou da estrutura dos prédios, que foram baseadas nas de Portugal. Os prédios são dispostos em um quadrado, onde pega sol o dia inteiro tanto do lado de fora quanto do lado de dentro. Um dos prédios já tinha sido restaurado, e algumas partes foram construídas diferentes das originais.Depois nos dividimos em dois grupos, onde o meu foi primeiro na sala onde os arquivos ficam guardados, a professora nos mostrou muitos registros, os que me chamaram mais atenção foram os de óbtos dos escravos e homens livres, e os da maternidade, onde só as mães que deram a luz no hospital tinham acesso e poderiam dar permissão para serem lidos.Depois fomos para outra sala que a Gabriela, uma auxiliar da professora Vera, nos mostrou alguns livros, para mim o que mais chamou atenção foi o livro dos escravos e o que falava sobre a roda, a professora leu uma parte onde dizia a entrada de um bebe, que foi batizado e logo após sua entrada ele faleceu.Ele disse que muitas crianças já entravam com alguma doença, o que facilitava suas mortes.Fomos convidadas a irmos ao passeio no cemitério da Santa Casa, onde há túmulos de muitos que faleceram lá.
Relatório
Aluno: Marcelo Gules Borges
Nossa atividade de vista a Santa Casa iniciou com a visita estátua da praça central do Hospital. Trata-se de Joaquim Franscisco do Livramento, idealizador e Fundador da Santa Casa. Vera Barroso, historiadora do Centro Histórico-Cultural da Santa Casa nos apresentou elementos importantes da fundação e do contexto histórico do surgimento daquele complexo. A Santa Casa foi inaugurada em 1826.
Segundo a historiadora, as Santas Casas são espaços pensados desde Portugal no século XV, com o objetivo de atender os necessitados (crianças, velhos, doentes, pobres, etc.). Porto Alegre, historicamente teve seus espaços de atendimento, tornando-se a Santa Casa seu principal local deste tipo de atividade.
Posteriormente, nos dirigimos ao arquivo da Santa Casa. Espaço interessante onde podemos encontrar documentos de porta do hospital. Vera Barroso destacou que ali diversos pesquisadores têm encontrado dados para pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. Dados sobre a roda dos expostos e sobre escravos e escravos livres chamaram bastante atenção, evidenciando um contexto histórico marcante me nossa história.
Ao sairmos do arquivo, fomos assessorados por outra funcionária daquele setor da Santa Casa. Gabriela nos apresentou documentos interessantes que mostravam a relação dos escravos com aquele lugar. Muitos eram atendidos, caso seus donos pagassem pelo tratamento, outros eram “doados” para a Santa Casa. Depois de um tempo, ficavam muitos trabalhando ali mesmo.
Além disso, podemos conhecer algumas formas de conservação de materiais, como fotos e livros. Gabriela destacou os procedimentos para esta tarefa. Por fim, comentou sobre o cemitério da Santa Casa e sua importância histórica para cidade de Porto Alegre.
Relato
Aluna: Roberta Gueraa Fleck
Primeiro, fomos conduzidas por Vera Barroso (Livro: A Casa da Roda) à estátua de Frei Joaquim, idealizador e fundador da Santa Casa de Misericórdia. Logo, seguimos para uma sala de pesquisa com a funcionária do acervo. Lá, ela nos falou dos cuidados com o manuseio do material do acervo e nos mostrou, cuidadosamente com a proteção de luvas brancas, documentos históricos originais; como baixas hospitalares de escravos, o livro dos primeiros registros de visitas e internações da Santa Casa; além de um exemplar de um livro de registro das crianças deixadas na roda dos expostos. Em seguida, novamente conduzidas por Vera Barroso, fomos ao acervo histórico da Santa Casa. Percorremos os dois andares, e lá vimos registros históricos de óbitos, livros de dotes das meninas (já moças) que tinham sido deixadas na roda; além dos livros de registros de nascimentos, escravos adoentados, óbitos; tudo com a discrição responsável de nossa guia. Despedimo-nos satisfeitas com as descobertas e com o desejo de voltarmos para pesquisas mais detalhadas e curiosas.
Relato
Aluna: Bruna Lislie dos Santos
De inicio fomos conduzidos ate a estatua do irmão Joaquin do Livramento,que foi um dos responsáveis pela criação da Santa Casa em Porto Alegre. Nesse momento Vera Barroso que estava nos acompanhando nos contou um pouco sobre a história da Santa Casa. Em seguida fomos divididos em dois grupos, para conhecermos os lugares e os documentos históricos da casa.
Primeiramente nos encaminharam a uma sala onde fomos recebidos por uma funcionaria do acervo devidamente equipada para manusear os livros que estavam expostos. La vimos alguns livros como de baixas hospitalares de escravos e também de crianças da roda dos expostos, inclusive ela leu a chegada de uma criança da roda, no qual contava que a criança havia chegado doente, então logo se tratou em batizá-la, e na mesma noite a criança morreu.
Após, conduzidas por Vera Barroso, fomos conhecer outra parte da casa onde estavam guardados muitos arquivos históricos desde nascimentos a óbitos de pessoas que passaram pela Santa Casa. Descobrimos é muito difícil de ter acesso aos históricos de nascimentos, pois é muito respeitado o anonimato das mãe. Vimos também fotos de meninas da roda em um livro onde constava os dotes das mesmas. Todos estes arquivos nos foram mostrados em dois andares reservados para guardar os mesmos.
Adorei nossa visita a Casa, pois foi uma ótima forma de conhecermos um pouco melhor a história de Porto Alegre e também da Santa Casa.
Pergunta para a Manoela:
ResponderExcluirQual é a origem das classes escolares, quais os primeiros critérios para essa separação e como ela foi feita até ser como ela é hoje?
Gisele
Pergunta de Priscila para Ângela: o que marcou a diferenciação do coĺégio de uma primeira camada: a da primeira infância, prolongada até cerca de 10 anos?
ResponderExcluirResposta:o que marcou a diferenciação através do colégio de uma primeira camada foi a repugnância pela precocidade.
Pergunta de Ângela para Priscila:
ResponderExcluirPor que você acha que a família do século XVII não era considerada uma família moderna?
Resposta: Porque a família do século XVII conservava a sociabilidade e a família moderna se opõe a essa vida social, se fechando em um grupo de pais e filhos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPergunta para Andressa Guterres:
ResponderExcluirQuando surgiu o sentimento da família conjugal? e como ele se evidenciou através da casa?
Nicole Fischer
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPergunta para a NICOLE FISCHER:
ResponderExcluirQuais eram as opções que os estudantes encontravam para freqüentar a escola?
Andressa Guterres
Relato -
ResponderExcluirNo dia 29 de setembro de 2009, fomos na Santa Casa para aprendermos mais sobre a Roda, local no qual se abrigava crianças recém nascidas que eram abandonadas. Vimos que esta idéia de uma casa para ter compaixão diante de crianças bandonadas, mendigos e doentes mentais vem de Portugal, em 1498. Em Porto Alegre, ela foi inaugurada em 1826. As crianças que eram abandonadas ficavam com uma ama de leite, uma mulher que era paga para ficar com a criança até os seus 7 anos. Findados os 7 anos, os meninos iriam servir exército, e as meninas ficariam na casa, aprendendo a ser prendadas. Para estas mesmas moças, dava-se um dote para quem conseguisse se casar, servindo este como estímulo para serem melhores aceitas pelos rapazes; algumas vezes, o pretendente roubava o dote da moça, ligando-se a ela apenas por interesse. Por isso, os dotes seriam dados em “prestações” mais tarde. Fomos no lugar onde se guardam os arquivos históricos, como os de visitas, recepção, nascimentos e mortes. A morte dos escravos está registrada separada dos demais, e os seus túmulos também eram separados; a distinção social não acabava na morte. No ano de 1940 a Roda fechou, dando início a Maternidade da Santa Casa de Misericórdia.
Resposta de Manoela para Gisele:
ResponderExcluirNo início do século XV a massa escolar era bem desorganizada, todos estudavam juntos mesmo que a diferença de idades entre eles fosse grande. Então começou-se a dividir a população escolar em grupos de mesma capacidade sob a direção de um mesmo professor. Posteriormente percebeu-se a necessidade de que houvesse um professor para cada classe de alunos e foi então que eles tiveram salas especiais, uma para cada classe. Porém a separação de continuava sendo por capacidades.
Hoje o critério para a separação de classes é a idade dos alunos.
------------------------------------------
pergunta para Gisele:
Qual a diferença entre a família Medieval e a família Moderna?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPergunta para Scheyla:
ResponderExcluirQual era o nível de comprometimento dos mestres com seus alunos no início da formação dos grupos de ensino e depois quando transformaram-se em colégios?
PERGUNTA PARA DE CRISTIANE para Aline
ResponderExcluirO que levava os educadores punir, corrigir e até mesmo surrar as crianças e os jovens mesmo que esses tivessem mais de vinte anos?
Aline responde: Numa mesma classe era possivel encontrar crianças pequenas, jovens e adultos, sem diferenciação por idade. Os alunos entravam tanto cedo quanto tarde na escola, tendo portanto numa classe o mesmo nivel de aprendizagem. Os pais haviam de certo modo transferido à escola a responsabilidade da educação moral e social. Portanto, crianças, jovens e adultos eram educados da mesma forma.
Resposta de Gisele para Manoela:
ResponderExcluirA principal diferença é que na Idade Média, a família tinha um significado social muito mais do que sentimental. A família tinha uma função de linhagem, ligada a heranças, nomes. Por isso, os laços afetivos não eram como na família moderna.
Além disso, em relação às crianças, na família medieval ela não era um ponto central, a família não se organizava em torno dela. Ela era apenas um período de transição logo superado, e por isso não merecia tanta atenção.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa terça feira de manhã visitamos a santa casa para vermos a roda, que não está mais lá por que foi comida por cupins, mas vimos o local onde ela estava. Depois a professora Vera Barros nos deu uma palestra da história da Santa Casa e de como era utilizada a roda. No início a Santa Casa era como uma instituição que acolhia as pessoas que não tinham condições de pagar o seu tratamento em hospitais pagos. As crianças que as suas mães não às queriam botavam-nas na roda dos expostos, que era uma roda que tinha na porta principal da Santa Casa.
ResponderExcluirNa quinta feira fomos novamente na Santa Casa para vermos os documentos históricos. Primeiro fomos ver a estatua de Joaquim Francisco do Livramento, onde a professora Vera Barroso nos falou como a Santa Casa foi construída e todos os problemas que tiveram até ela poder ser concluída. Depois nos dividimos em dois grupos, um grupo foi ver alguns livros e fotos da antiga Santa Casa, e o outro grupo foi ver os arquivos históricos da Santa Casa. primeiro fui ver os livros e as fotos sobre a Santa Casa, vimos alguns livros onde estavam todas as pessoas que tinham sido internadas na Santa Casa, tinha também um livro só do registro dos escravos no hospital. Vimos os documentos sobre a roda, que tinham os nomes das crianças que iam para a roda, e como elas chegavam lá com que roupa e as suas condições. Depois fomos ver o arquivo de documentos históricos, onde tinha prontuários de todos os pacientes que por lá passaram. Tinham os livros dos escravos, dos órfãos que passaram pela roda, tinha também livros de porta onde todas as pessoas que passavam pela Santa Casa tinham que por seu nome lá. Nessa visita pude aprender como era a Santa Casa no século passado e no início desse século.
Aluna: Viviane Malheiro
ResponderExcluirPrimeira visita à Santa Casa de Misericórdia nós tivemos uma breve palestra com a professora Vera Barros.Ela nos contou como foi idealizada a instituição, sua tragetória e sua importância histórica.A Santa casa foi idealizada em Portugal no ano 1803 mas foi concluída somente em 1826.
Falou-nos da Roda dos Expostos e como a Santa casa acolhia estas crianças,e como a instituição as mantinha até a idade adulta.
Segunda visita à Santa Casa visitamos o arquivo de
documentos históricos guiadas novamente pela professora Vera Barros, nos dividimos em dois grupos um foi ver os livros antigos e fotos e o outro foi para o arquivo de documnetos históricos.
O que mais me chamou atenção foi o registro dos escravos que tiveram passagem pela Santa Casa. O livro das pessoas livres era separado dos escravizados e neles continha somente seu primeiro nome, que na verdade nem era seu nome verdadeiro, pois quando o escravo chegava aqui ele recebia outro nome.
Os registros de morte também eram separados, inclusive onde eram enterrados os escravizados era fora do cemitério.
As crianças que eram abandonadas na Roda dos Expostos ficavam na Santa Casa até a vida adulta, as moças recebiam dotes geralmente de famílias abastadas. Muitas vezes estas moças eram abandonadas após o marido receber o dote, havia aí um estigma das expostas na sociedade - mas nem sempre isso acontecia. Assim sendo a Santa casa passou a parcelar os dotes.
Os meninos geralmente eram mandados para o Arsenal de Guerra para aprender um ofício.
Ter ido à Santa Casa me fez perceber como ela ajudou de maneira muito significativa a construir a história do nosso estado.
Resposta para NICOLE FISCHER:
ResponderExcluirQuando surgiu o sentimento da família conjugal? e como ele se evidenciou através da casa?
A família começava com o casamento , o sentimento surge como uma evolução. Cada membro da família era instruído sobre seus deveres e suas responsabilidades, inclusive em relação com as crianças. Antes da atribuição desse sentimento pais e filhos habitavam e dividiam o mesmo espaço dia e noite, com a evolução desse sentimento houve também a separação da casa em cômodos, deixando pais e filhos em quartos separados.
Esse sentimento pode ser ilustrados em obras como telas, que mostravam famílias felizes, e em retratos de família onde ficava explicito o afeto de pais perante as crianças.
O sentimento da família conjugal surge com a preocupação sobre a moralidade e saúde da criança, tendo os moralistas como precursores de tal pensamento. A família se une em torno da criança, e sente a necessidade de se abrigar do resto do mundo, e isso se torna evidente na estrutura da casa; agora, ela passa a ter corredores, cômodos divididos, e cada cômodo era destinado para uma função em particular (diferentes para receber amigos e cuidar de negócios). A casa adquire conforto.
Andressa Guterres
Resposta para Andressa Guterres:
ResponderExcluir"Quais eram as opções que os estudantes encontravam para freqüentar a escola?"
As opções seriam morar perto da escola com a família, seguir um menino mais velho, ou, como era mais freqüente, morar com outra família através do contrato de aprendizagem.
Aline pergunta para Cristiane.
ResponderExcluirComo que casa deixou de ser um local público e se tornou restrito e quais as modificações com esta mudança?
Cristiane responde: A partir do século XVIII, a casa moderna se tornou um local restrito, as famílias se afastaram da sociedada que outrora fazia parte de suas vidas. Com isso algumas modificações foram fundamentais,os criados começaram a ter um espaço específico, a organização dos comodos,as visitas teriam que avisar, por meio de cartões.
Resposta de Scheyla para Flávia?
ResponderExcluir-No início da escolaridade os professores tinham a responsabilidade apenas dentro da sala de aula. Com a nova instituição, o colégio foi atribuído aos mestres a responsabilidade moral da criança.
Pergunta de Scheyla para Francielem?
-Por que a primeira infância foi adiada para os 9- 10 anos para a entrada na escola?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBárbara:
ResponderExcluirCapítulo 2:
Qual é o significado das escola no final da Idade Média?
Deborah:
A escola na Idade Média significava um lugar para a instrução e a socialização das crianças. Para que essas não ingressassem tão cedo na fase adulta.
Capítulo 3:
Deborah:
De que forma a separação dos comodos dentro das casas influenciou no surgimento do sentimento familiar?
Bárbara:
Com a separação dos comodos dentro das casas surgiu um comforto maior que proporcionou uma comvivência maior entre os membros da família.
QUe por consequência aumentou os laços familiares.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPegunta para Flávia.
ResponderExcluirQuais foram as mudanças notáveis no novo sentimento,o sentimento de família moderna?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirResposta para Francielem:
ResponderExcluir-Na família moderna a criança torna-se o centro. Onde os pais se interessam pela sua vida escolar e o seu progesso era muito importante. Mas essa mudança acontece mais nas familias mais nobres, pois nas classes baixas ainda se vê muito o afastamento das crianças para outras familias para estudarem.
Resposta para Scheyla.
ResponderExcluirPorque a criança era considerada "imbecil",incapaz e fraca para a aprendizagem.Por isso ela era retardada da entrada na escola.
Questões relativas ao livro "História Social da Criança e da Família" de Philippe Ariès.
ResponderExcluirFabiana Rocha; Débora Mello.
1.
Fabiana: Sobre o capítulo "Jovens e Velhos escolares da Idade Média", como podemos ver que se manifesta a evolução do sentimento da infância?
Débora: Podemos ver que o sentimento da infância se manifesta a partir do momento em que, após o período em que a escola e o colégio eram reservados a um grupo pequeno de clérigos e onde misturando nestes locais diferentes idades em, passa-se a ter uma preocupação moral de adestrar as crianças e discipliná-las , separando-as da sociedade dos adultos, então no século XIX torna-se fundamental a separação por idades nas escolas e colégios.
2.
Débora: O que impedia o sentimento afetivo da família na sociedade antiga?
Fabiana: Na sociedade antiga não havia intimidade familiar, devido a sociabilidade. Não havia separação da família com a sociedade, o que levava à promiscuidade. Outro fator era o fato de que as crianças eram afastadas de suas famílias, indo para casas alheias para serem aprendizes e estes, por sua vez acabavam sendo confundidos com os criados.
Relatório de saída de campo à Santa casa
ResponderExcluirO Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre teve sua fundação no século XIX em 1803, inicialmente era uma irmandade que tinha como objetivo atender os doentes pobres. A inauguração das primeiras enfermarias se deu em 1826, com a características de atendimento voltado à pobres, escravos e presos. Além da assistência médica também havia a social e religiosa, já que naquele época o hospital era visto como um local de transição entre a vida e a morte. O cunho social da instituição tornou-se ainda mais evidente por volta de 1837 com a roda os expostos.
A roda dos expostos consistia em um local especifico onde as mães que podiam criar seus filhos, seja pela condição financeira, social (escravização) ou moral (moças que engravidavam antes do casamento, ou concebiam filhos ilegítimos); abandonava-os na calada da noite na Santa Casa onde eram criados. Neste mesmo local recebiam a educação básica, com distinção de gênero. As meninas aprendiam a ler e as funções domésticas, para serem encaminhadas para o matrimonio. Os pretendentes deviam pedir a mão da noiva na instituição e recebiam um dote para o casamento. Esse dote era dado pela própria entidade através de doações de famílias da alta sociedade porto-alegrense. Já os meninos eram devidamente matriculados no Arsenal de Guerra para aprenderem um ofício.
Em 1850 foi construído pela Santa Casa o primeiro cemitério extra – muro. Antes dele, local destinado ao enterro das pessoas era precário, as constantes chuvas desenterrava os corpos, causando forte odor e sobressalto na população. No cemitério do hospital havia um espaço para o enterro dos pobres (existente até hoje) e também um espaço para o enterramento pago, sendo então, considerado o cemitério da cidade. Neste lugar, pode-se encontrar a sepultura de muitas personalidades importantes da cidade.
A entidade também possuía um local destinado ao cuidado de pessoas com problemas mentais. Com o passar do tempo o local já não era mais suficiente, por essa razão foi fundado em 1884 o Hospital São Pedro que passou a ser responsável pelo atendimento aos doente mental.
Com as mudanças ocorridas tais como: o término da escravização, surgimento de uma classe operária no século XIX e o desenvolvimento capitalista do século XX, a Santa Casa sofreu muitas crises, passando por reformulações administrativas. Com essas mudanças a instituição teve que deixar de ser puramente assistêncial, tornando-se mais terapêutica.
Atualmente, o Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre conta com múltiplas especialidades, sendo um conjunto de hospitais: Hospital Santa Clara (cardiologia, cirurgia geral de cardiovascular), Hospital São Francisco (área da cardiologia intervencionista e cirurgia de coronária, também na área pediátrica), Hospital São José ( Neurocirurugia) Pavilhão Pereira Filho (Pneumologia), Hospital Santa Rita (Oncologia), Hospital da Criança Santo Antônio (Pediatria) e Hospital Dom Vicente Scherer.
Análise das perguntas e respostas
ResponderExcluirAluna: kaíse Helena R. da Silva
A tarefa de elaboração de perguntas não é fácil, como pode- se pensar. Pelo contrário, construir questões que instiguem o estudante a refletir e apresentar uma respostas completas, é tarefa bem complicada. Essas ditas, “respostas completas” são aquelas que percebe-se que o estudante entendeu o conteúdo e mensagem, mais do que isso, que tal aprendizado comunicou-se com seu conhecimento prévio, o modificando e construindo uma nova opinião e/ou ponto de vista sobre determinada questão.
Devemos, portanto, ao realizar essa análise considerar a complexidade da atividade e a experiência recente dos estudante de pedagogia. Reconhecendo tais pontos, concluí-se que existiu perguntas as quais exigiam apenas a leitura do livro História social da criança e da Família, de Philippe Ariès e outras que exigiam a compreensão do mesmo. Ainda para finalizar, é importante salientar que nenhuma das perguntas realizadas pelas alunas devem ser ignoradas ou classificadas em boas e ruins, uma vez que a caminhada para o êxito didático se dá pelo exercício, e nesse ponto percebe-se, de maneira geral, que todas as perguntas foram trabalhadas e pensadas por seus autores.
Tem em seus registros algum livro do antigo Hospital Santo Antônio datado de 1965 ?
ResponderExcluir